sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
Vá em paz, 2010
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
o tudo
domingo, 14 de novembro de 2010
extremamente interior
extremamente interior
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Vem dançar a dança das estações
que tanta solidão já feriu demais.
Não, não, talvez eu esteja me precipitando. Talvez ainda seja cedo para aceitar essa maluquice novamente. Acho que não estou pronta para separar o que sou eu do que ele foi. Calma! A vida é aos poucos. Ou não. Por que é que nesse mundo não tem paz? Por que tanta paixão?
(Um dia desses eu te conto a minha história)
Quem será que me buscaria no Hades? No inferno, quem sabe.
A vida acontece de repente. O amor é que chega de mansinho. Aos poucos a gente aprende - que esperar não basta.
Gosto de te ver rindo
e da riqueza das coisas simples
que guardo qual tesouros.
E a beleza está em não ter pressa.
Que corremos demais, meu amor,
e é hora de parar, deitar na grama,
falar só besteira e rir da vida.
A gente tem de andar conforme dita a nossa necessidade, e chorar, chorar, amar, amar e amar, assim, de repente, do nada, nem que seja pela primeira vez. Me explica com que cara eu vou sair. Nem que seja pela última vez, olhar aquela vida toda que esteve nas suas mãos, aceitar a nova morte como tantas vezes buscara a bela.
Não. Quero vivê-lo em cada vão momento. O novo. O mundo todo, todo, todo. Essa busca perdida pelo que uma única vez fora achado - e ainda no lugar errado. Não há arrependimento. Todo amor, real, nem que além de todas as possibilidades, nem que um já não saiba, já tenha perdido a capacidade de aceitar essa mão, todo amor, bem feito, é uma parte que morre, ou que vive, não sei. Não sei. Sei que o mundo é grande, que a vida, que a vida só a mim pertence - por mais que eu tenha tentado tanto deixá-la onde não devia, com quem não devia. Com quem não devo. Pelo que foi, tudo valeu. Orfeu, o mundo é meu, Orfeu.
domingo, 7 de novembro de 2010
pela janela

uma tarde dessas
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
uma orelha envolta de um pano vermelho

quinta-feira, 4 de novembro de 2010
que vá
aquelas rosas eram carnívoras?

quarta-feira, 3 de novembro de 2010
ao que é bom nesta vida
Tudo mudou
O que foi que aconteceu
que de repente acordamos nesses dias?
Ainda posso sentir o sabor
do que a gente perdeu.
E ainda penso em você, acredita?
Vem dar valor ao que é bom nessa vida
que é tolice viver por viver,
e já é dia de deixar pra trás a dor e o "tanto faz".
É cedo ainda.
Fomos tolos e egoístas pra crescer.
Crescer sem alegria.
Dizer "pra sempre" é bem menos
do que sentir na carne querer de verdade
E tem coisas que não vão sumir, você sabe
Tem um lugar em mim que é só teu
e nada vai mudar porque é meu.
Mesmo que a gente deixe errado
a que a gente escolheu.
terça-feira, 2 de novembro de 2010
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
balanço
Saí da escola, então. Deixei o antigo balanço para subir em outros - maiores, coloridos, fascinantes. Por muito tempo, ocupei-me com aquela sensação de paixão e pavor, sem dar conta de que era ela que me prendia à vida (e não o brinquedo em si).
Até que um dia me cansei do balanço e segui em busca de um novo tormento.
Amei, enfim.
Eu era tão criança e ainda sou
Querendo acreditar que o dia vai raiar
Só porque uma cantiga anunciou
domingo, 31 de outubro de 2010
Caixinha de presentes

Nessa eternidade em que
as cervejas vem e vão,
e as histórias passam conosco ou por nós,
nós, almas machucadas, as vezes falamos muito,
as vezes não falamos nada,
mas na maioria das vezes que isso acontece
eu me pergunto
se é enfim o fim dessa maldita busca.
Queria muito que fosse.
Sempre quero.
Me abraça então...
Quero um pouco de paz.
Acreditar
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Viver: Aprender

domingo, 3 de outubro de 2010
Pais & Filhos: o início
sábado, 2 de outubro de 2010
A melhor parte de mim

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos; fico com aqueles que fazem de mim louca e santa. Deles não quero resposta, quero meu avesso, que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim; para isso, só sendo louco. Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem

Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou; pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Simples assim
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
Respirar fudo.
Não xingar a vida.
Levantar e seguir adiante.
Ter paciência.
Não varrer o chão com o olhar.
Não se deprimir com os pingos de chuva.
Não desviar do reflexo nas vitrines.
Paciência amigo.
Esquecer as pessoas que te ferraram.
Ser menos vingativa.
Construir mais e destruir menos.
Paciência.
Olhar a vida nos olhos.
Tirar força da alma.
Planejar melhores dias.
(…)
É preciso ter paciência…
TUDO o que eu não tenho.
domingo, 5 de setembro de 2010
Até breve, até...
Tenho compromisso marcado.
Com o vento, com o mar, com as pegadas na areia.
Me comprometi com estar lá toda noite,
presente, esperando…
Pra receber de braços abertos
o último piscar de olhos de uma estrela
que se foi há tempos.
Prometi fazer as honras.
Dedicar-lhe o momento perfeito
do primeiro gole gelado da melhor cerveja,
do primeiro beijo de adeus
do resto de nossas vidas.
Por isso não posso ficar preso.
Desculpa.
Aliás, já nem mesmo me pertenço.
Não mais…
Não posso ser teu nem de ninguém
pois já tenho compromisso.
Com caminhar nas pedras,
na água rasa,
nas ruas e nos bares.
Com dormir aqui e acordar por aí.
Com transpirar minha alma
e “escrever por milhas”.
E todas as noites
sempre tenho que esperar por minha estrela.
Porque ela sabe que vou estar lá.
E… é tudo o que também sei.
Então ser assim é tudo o que posso prometer.
A mim, a minha estrela e a você.
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
sábado, 21 de agosto de 2010
Quase sem querer

E a vida segue

Eis que na penumbra
meus olhos encontram
uma calma luz
escarlate
Luz fraca
repousando
sobre peles brancas
fotossensíveis.
É cedo.
E quão mais a luz do dia te revela
mais quero dessa paz,
desse teu mundo tão teu.
Gosto demais disso,
calor de corpo sabe…
olhar,
toque,
presença.
Te foco tipo um gato
explorando uma casa nova
e respirando
cada click teu em tudo.
Tento remontar os passos
que nos trouxeram até aqui,
enquanto lá fora
o tempo grita,
as pessoas correm,
o mundo se engole
e absolutamente nada
nos importa.
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
Agosto...
Outro Agosto.
Quatro meses e o ano se foi...
Ainda tenho sede.
Olho pela janela e ainda não sei pelo que estou esperando.
Mas olho.
Continuamente.
E espero.
Sempre espero.
Me canso cada vez mais rápido de lugares e pessoas.
As risadas de um dia simplesmente não funcionam no dia seguinte.
E nunca são o bastante.
Os anos são cada vez mais curtos.
O passado fica cada vez maior.
O vazio não se cansa.
Corre de um lado para o outro dentro do corpo.
Gritando feito um demônio enlouquecido.
Acordo no meio da noite.
Ando perdido pela casa.
Independente de qual ela seja.
A qual época pertença.
É sempre a mesma coisa.
Mas preciso de cada vez mais álcool pra esquecer.
De cada vez mais motivos pra lembrar.
As noites continuam longas.
Os programas de TV terríveis.
Os canais são sempre os mesmos.
Os artistas são como cachorros bobos tentando distrair sua atenção.
E a gente sabe do quê, mas finge não entender.
Tenta ver o bonito.
Galãs viram tios ou pais.
Depois viram avôs ou velhos engraçados.
E não vemos a decadência.
O espelho de carne que são dos que seguram os controles remotos.
Envelhecemos com eles.
E com tudo a nossa volta.
E os bebês chegam, crescem e não dão a mínima.
Tento errar menos, mas sei que é inútil.
Decepcionar menos.
Mas sei que é tarde.
Não vai acontecer.
Eu não consigo.
Eu tento ser alguém melhor.
Mas eu não consigo.
Viro a garrafa vazia.
Últimas gotas.
Quase 38.
Quatro meses e outra garrafa de cidra barata.
Outro começo de outro fim.
Outro piscar de olhos e outro Agosto.
Mas ainda estou esperando.
Não sei pelo que.
Mas ainda estou.
sexta-feira, 30 de julho de 2010
Sempre com um sorriso, lembro...





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domingo, 18 de julho de 2010
Apenas suporte...
Ser um pouco mais como as outras pessoas aparentam ser, sabe?
De repente tudo que fez tanto sentido pra mim não parece ser tão certo.
De repente me sinto novamente como a formiga frente ao tsunami.
Como se o mundo fosse me lavar a alma e me forçar a reconstruir a vida.
De repente não faz mais sentido ficar guardando folhas e cascas para o inverno.
De repente é só a grande onda e a morte iminente.
E o difícil é sentir que de tempos em tempos isso acontece.
De tempos em tempos “I can´t get no satisfaction”…
E sempre sinto essa angústia.
Esse aperto inexplicável na garganta.E tudo fica pior pois todo mundo pensa que meu problema é com as outras pessoas.
Quando SEMPRE é comigo.
O inferno SEMPRE está em mim.
SEMPRE…
(…)
As vezes isso me cansa.
As vezes SEMPRE.
(…)
Queria ser diferente.
Juro que queria.
(…)
E o relógio segue.
Incessante.
Onipotente.Inflexível.
Onipresente.

Sem resposta

O êxito tem vários pais, órfão é o seu revés. Aos que sofrem por fim o céu abranda raiva.
O que trago sobre os ombros é meu e é só meu. Sustento sem implorar a benção e o pesar, mas vil é desdenhar do que não se pode ter.
Vive tão disperso, olha pros lados demais, não vê que o futuro é você quem faz porque o fracasso lhe subiu a cabeça.
Atribui ao outro a culpa por não ter mais, declara as uvas verdes mas não fica em paz porque o fracasso lhe subiu a cabeça.
O maestro bem falou: a ofensa é pessoal. Quem aponta o traidor é quem foi traído. Já sabe o que é cair, ao menos tentou ficar de pé. E vítima de si, despreza o que nunca vai ter.
Mais verde é sempre além do que se pode ver...
Ah porque.. O fracasso lhe subiu a cabeça.
quarta-feira, 7 de julho de 2010
O tempo não pára e a gente ainda passa correndo


Da Terra do Nunca...

Um dia teve ideias, ideias e mais ideias; em vão, acreditou que pudesse contribuir para mudar o mundo (ah! mas isso ainda não acabou...ela sonha tanto) e mesmo sabendo que isso poderia não se tornar real, continuou acreditando. Começou a escrever a fim de se encontrar, era quando ela podia simplesmente ser ela mesma, sem ter que agradar as pessoas. Sabe de cor todas as músicas da Legião Urbana (o que não é lá grande feito) e é fã incondicional de Cazuza, Beatles, Lobão, Chico Buarque, Raul Seixas, Caetano e Djavan. Escreve poemas e histórias sobre pessoas que não conhece (ou talvez conheça e só não tenha se dado conta disso ainda) e acha professores fascinantes (um mais do que os outros, mas vá...). Não gosta de dentistas, filas de espera, música de elevador, nem de gente falsa ou sem criatividade. Gosta muito de cinema e esta realmente preocupada com boatos de que a Terceira Guerra pode começar antes que ela cumpra a promessa de ir à Mogi das Cruzes para se encontrar com os extra terrestres. Como todo ser humano, mente em casos de emergência e todos sabem que não é nem um pouco criativa. Ninguém sabe, mas foi ela quem matou Sid Vicious em 1432 a.C.
quarta-feira, 23 de junho de 2010
Um presente de Deus...

Possivelmente não diria tudo o que penso, mas definitivamente pensaria tudo o que digo. Daria valor às coisas, não por aquilo que valem,mas pelo que significam. Dormiria pouco, sonharia mais, porque entendo que por cada minuto que fechamos os olhos, perdemos sessenta segundos de luz. Andaria quando os demais se detivessem,acordaria quando os demais dormissem.
Se Deus me presenteasse com um pedaço de vida, deitava-me ao sol, deixando a descoberto, não somente o meu corpo, como também a minha alma. Aos homens, eu provaria quão equivocados estão ao pensar que deixam de seenamorar quando envelhecem, sem saberem que envelhecem quando deixam de se enamorar...A um menino eu daria-lhe asas, apenas lhe pediria que aprendesse a voar. Aos velhos ensinaria que a morte não chega com o fim da vida, mas sim com o esquecimento.
Tantas coisas aprendi com Vós homens…. Aprendi que todo o mundo quer viver no cimo da montanha, sem saber que a verdadeira felicidade está na forma de subir a escarpa. Aprendi que quando um recém nascido aperta com a sua pequena mão, pela primeira vez, o dedo do seu pai, agarrou-o para sempre. Aprendi que um homem só tem direito a olhar o outro de cima para baixo, quando está a ajudá-lo a levantar-se.
São tantas as coisas que pude aprender com vocês, mas agora, realmente de pouco me irão servir, porque quando me guardarem dentro dessa caixa, infelizmente estarei morrendo. Sempre diz o que sentes e faz o que pensas.
Supondo que hoje seria a última vez que te vou ver dormir, te abraçaria fortemente e rezaria ao Senhor para poder ser o guardião da tua alma. Supondo que estes são os últimos minutos que te vejo, diria-te “te amo” e não assumiria, loucamente, que já o sabes.
Sempre existe um amanhã em que a vida nos dá outra oportunidade para fazermos as coisas bem, mas pensando que hoje é tudo o que nos resta, gostaria de dizer-te o quanto te quero, que nunca te esquecerei. O amanhã não está assegurado a ninguém, jovens ou velhos.
Hoje pode ser a última vez que vejas aqueles que amas. Por isso, não esperes mais, fá-lo hoje, porque o amanhã pode nunca chegar. Senão, lamentarás o dia em que não tiveste tempo para um sorriso, um abraço, um beijo e o teres estado muito ocupado para atenderes esse último desejo. Mantém os que amas junto de ti, diz-lhes ao ouvido o muito que precisas deles, o quanto lhes queres e trata-os bem, aproveita para lhes dizer, “perdoa-me”, “por favor”, “obrigado” e todas as palavras de amor que conheces.
Não serás recordado pelos teus pensamentos secretos. Pede ao Senhor a força e a
sabedoria para os expressar. Demonstra aos teus amigos e seres queridos o quanto são importantes para ti.
segunda-feira, 21 de junho de 2010
Marcee não pode ser real;
domingo, 20 de junho de 2010
E sempre está tudo bem...

Sou assim, viciada em vícios. Um gosto bizarro e incontrolável por maus hábitos. Gosto de enlouquecer as vezes. Pareço uma chaleira fervendo o tempo todo que por vezes precisa apitar pro mundo baixar o fogo por algum tempo. Mas que sempre volta a ficar quente. Não consigo evitar, é a maneira que mais amo de viver minha vida. E não consigo deixar de olhar para as vidas chatas de pessoas mediocres, certinhas, que tentam o tempo todo não surtar pra serem aceitas. No meu bairro, no metrô, nas ruas, na televisão, até mesmo nas baladas onde vão sei lá porque, sentam num canto na hora que chegam e só levantam os rabos na hora de irem embora… No meu mapa de existência mundial elas estão marcadas com a cor cinza e representam as áreas nada divertidas. E isso não tem nada a ver com loucura. Tenho amigos que nem cerveja tomam e que piram mais que qualquer alcoólatra que conheço. Tem a ver com o jeito que a gente encara a vida, sabe? O fato é que eu seria uma suicida em potencial se acordasse e me visse preso nas áreas cinzas do planeta. Tá que eu não sou tudo o que queria ser, mas pelo menos não sou o que não queria. É, não devo ser tão ruim assim...
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Adeus, Saramago

E lembro-me como se fosse ontem a primeira vez em que nos conhecemos...lembro-me de como li, apaixonadamente cada palavra sua e como delirei ai escrever sobre você. Como tudo aquilo pode um dia mudar me vida e acabar, por fim, junto com outros norteando e me dizendo o que fazer, por onde ir, que caminho seguir.
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Minha Divina Comédia

"Por mim se vai à idade dolente,