quarta-feira, 7 de julho de 2010

O tempo não pára e a gente ainda passa correndo



Por mais que eu tente, não consigo escrever nada perto da genialidade e da grande pessoa que você foi e representa pra mim.
É tão incrível como as coisas da vida acontecem, hoje o dia do aniversário de 20 anos de sua partida o grande produtor Ezequiel Neves também deixa esta terra para juntar-se àqueles que já se foram, mas que apesar disso ainda são motivos de orgulho de contentamento. As coincidências da vida me assustam.
Cazuza viveu cada dia de sua vida intensamente, desfrutou e aproveitou cada momento que pôde (enquanto pôde) e a natureza parece ter se vingado de sua grande paixão pela vida.
Nem mesmo a doença impediu que ele extraísse ao máximo tudo que podia e acreditava.
Viveu ao máximo tudo; lutou enquanto tinha forças, mas a doença foi mais forte e no dia 07 de Julho de 1990, o grande Cazuza morria em sua casa, após 5 anos de batalha. O choque foi tão extremo que seu pai teve um colapso nervoso e não conseguiu assistir a cerimônia do velório nem ao enterro; sua mãe chorou desoladamente tudo que não chorara nos últimos cinco anos (em promessa ao filho, para não vê-lo desistir); Ezequiel chorava e não deixou seu corpo por nenhum momento; Frejat fechava os olhos para viver somente a tua lembrança.
Nunca entendi muito bem a morte, sempre preferi acreditar nisso como um momento de "partida", meio aquela coisa de que todo mundo que vai é por que alguém vai chegar; mas ainda prefiro acreditar que nunca se diz "adeus", mas que toda separação se dá para que tenhamos um reencontro melhor.
Espero por nosso reencontro.
Cazuza, você passou por aqui e de algum modo se eternizou, deixou sua marca e conseguiu passar sua mensagem; Deus te quis mais perto. Você cumpriu sua missão, até breve.

"O amor é o ridículo da vida, a gente procura nele uma pureza impossível, uma pureza que está sempre se pondo, indo embora. A vida veio e me levou com ela. Sorte é se abandonar e aceitar essa vaga ideia de paraíso que nos persegue bonita e breve como as borboletas, que só vivem 24 horas. Morrer não dói."

- Cazuza
[ 04/04/58 - 07/07/90 ]



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