terça-feira, 11 de outubro de 2011

on the way home

O futuro realmente não é mais como era antigamente. Em 11 de outubro de 1996, Renato Russo deixava uma legião de fãs órfãos e um buraco gigantesco no rock nacional.

E desde que me lembro, sou fã de Legião. Daquelas que tinha orgulho de ir na perua escolar cantando faroeste enquanto as outras criancinhas nem entendiam o que a música dizia. Por muito tempo, também não entendi. Mas cantava.

Parando pra pensar em tudo isso, percebi que há músicas que ficam com cheiro de gente. Acordes que parecem envolvidos em uma nuvem de perfume conhecido, aquele perfume que um dia já ficou grudado no seu travesseiro. Talvez nem seja perfume, talvez seja o cheiro da pele, isso, o cheiro da pele que se acostumou com as fronhas e lençóis e, por dias, semanas, meses, anos, ficou ali. O cheiro que ficou ali até que você tivesse coragem de trocar a roupa de cama. Trocar a roupa de cama é o momento em que você se prepara para se libertar daquele cheiro, talvez nunca mais senti-lo novamente.

As palavras cantadas na voz de Renato têm cheiro de vida. Minha vida, cantada por ele.

Tem quinze anos que ele foi e levou todas as respostas. Como disse o Dado uma vez “Ele foi e não tive tempo de perguntar um monte de coisas que queria. Que estavam aqui na garganta. E agora, não posso mais.”

Não deu tempo de te conhecer, Renato. Não deu tempo de te perguntar. Mas quem sabe um dia eu escrevo uma canção pra você. Hoje somente agradeço por todas que você escreveu e hoje considero minhas, partes de mim. Obrigada, Renato.

"Eu continuo aqui, com meu trabalho e meus amigos. E me lembro de você em dias assim, dia de chuva, dia de sol. E o que sinto não sei dizer."

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

choices

Minha vida é feita de escolhas... erradas.
Se num segundo eu posso mudar tudo... eu tomo a pior decisäo.
E faço isso... várias vezes. O tempo todo.
E não tem volta.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

seasons


Jardins do Mundo (Gärten der Welt) em Berlim

Era inverno. Mas era a primeira vez que não sentia frio.
Era pintado de branco, como num globo de vidroq que a gente balança na mão para ver todos os flocos se mexendo lá dentro.
Era inverno e era assim que tinha que ser, como todas as coisas no tempo certo e na medida certa.

Até que então, desgelou. E os dias ficaram cinzas, nublados, chuvosos. E o coração se encheu de frio.
Foi quando percebeu, ali de baixo de um céu estrelado - desses que só existem nas meias estações - o desejo da primavera. Desejo...daquele que sempre estivera lá.

O desejo de dias mais calorosos que acabassem com essa solidão.

Cosplay de Hitler?



O mundo sabe como sou apaixonada por alemães (pelos russos também, claro!), apesar de toda a repudia de minha família - por associá-los sempre a questão da guerra-, que por muitas vezes me manda sair da sala quando estão discutindo histórias e afins, como ocorreu essa semana, em que meu pai estava assistindo um documentário e comentando com meu primo e quando eu disse "Pai..." ele logo soltou "Não, Wendy, não venha aqui defender esses alemães...sai daqui, não quero nem ouvir!" e eu, ingenuamente, queria perguntar onde estava o Gato. Enfim.

Acontece que, em meio minha fissura por este povo, acabei entrando em um blog de uma garota de intercambio e vendo essa foto, e depois de morrer de rir, cheguei a conclusão de que a foto foi tirada na cidade de Dresden.

Führer conservadão, sessenta e seis anos após a guerra, mas a Eva envelheceu, pobrezita.