domingo, 5 de setembro de 2010

Até breve, até...

Desculpa se eu não posso ficar.
Tenho compromisso marcado.
Com o vento, com o mar, com as pegadas na areia.
Me comprometi com estar lá toda noite,
presente, esperando…
Pra receber de braços abertos
o último piscar de olhos de uma estrela
que se foi há tempos.
Prometi fazer as honras.
Dedicar-lhe o momento perfeito
do primeiro gole gelado da melhor cerveja,
do primeiro beijo de adeus
do resto de nossas vidas.
Por isso não posso ficar preso.
Desculpa.
Aliás, já nem mesmo me pertenço.
Não mais…
Não posso ser teu nem de ninguém
pois já tenho compromisso.
Com caminhar nas pedras,
na água rasa,
nas ruas e nos bares.
Com dormir aqui e acordar por aí.
Com transpirar minha alma
e
“escrever por milhas”.
E todas as noites
sempre tenho que esperar por minha estrela.
Porque ela sabe que vou estar lá.
E… é tudo o que também sei.
Então ser assim é tudo o que posso prometer.
A mim, a minha estrela e a você.

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