segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Vem dançar a dança das estações

Engraçado ver tudo começar de novo! O nervoso, a vontade de adiar tudo, cancelar, esquecer... Mas, ah, é gostoso, é sim, ver o interesse nascer naturalmente, e querer estar perto, se longe, ou estar mais perto, se perto, - que é que eu sei!

Fica perto então
que tanta solidão já feriu demais.

Não, não, talvez eu esteja me precipitando. Talvez ainda seja cedo para aceitar essa maluquice novamente. Acho que não estou pronta para separar o que sou eu do que ele foi. Calma! A vida é aos poucos. Ou não. Por que é que nesse mundo não tem paz? Por que tanta paixão?

(Um dia desses eu te conto a minha história)

Quem será que me buscaria no Hades? No inferno, quem sabe.
A vida acontece de repente. O amor é que chega de mansinho. Aos poucos a gente aprende - que esperar não basta.

Gosto de te ver rindo
e da riqueza das coisas simples
que guardo qual tesouros.
E a beleza está em não ter pressa.
Que corremos demais, meu amor,
e é hora de parar, deitar na grama,
falar só besteira e rir da vida.


A gente tem de andar conforme dita a nossa necessidade, e chorar, chorar, amar, amar e amar, assim, de repente, do nada, nem que seja pela primeira vez. Me explica com que cara eu vou sair. Nem que seja pela última vez, olhar aquela vida toda que esteve nas suas mãos, aceitar a nova morte como tantas vezes buscara a bela.
Não. Quero vivê-lo em cada vão momento. O novo. O mundo todo, todo, todo. Essa busca perdida pelo que uma única vez fora achado - e ainda no lugar errado. Não há arrependimento. Todo amor, real, nem que além de todas as possibilidades, nem que um já não saiba, já tenha perdido a capacidade de aceitar essa mão, todo amor, bem feito, é uma parte que morre, ou que vive, não sei. Não sei. Sei que o mundo é grande, que a vida, que a vida só a mim pertence - por mais que eu tenha tentado tanto deixá-la onde não devia, com quem não devia. Com quem não devo. Pelo que foi, tudo valeu.
Orfeu, o mundo é meu, Orfeu.

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