quarta-feira, 9 de março de 2011

Domando demônios - parte II

Era uma fria manhã de verão, mas nem isso seria impecilho para seguir. O demônio se debatia dentro de mim e há tempos eu não tenho conseguido acalmá-lo e sabia qual era a única solução para anestesiá-lo.

Seguindo sem ouvir e nem prestar atenção no que diziam.


Ninguém vai me dizer o que sentir e eu vou cantar uma canção pra mim.


O caminho novo totalmente desconhecido em alguns passos foi adquirindo cara de lar. Os pés seguiam sozinhos, sabiam p'ra onde ir e como chegar.

E como há muito não acontecia, encontrei aquela sensação aconchegante de 'bem estar'. Calmaria. A brisa de uma simples tarde.

O tempo passa correndo. Os motivos de sorrisos simples logo vem e vão e acendem tudo aquilo que há muito não sentia e na verdade, nem lembrava como era. Bem estar bem.

Um sorriso. Um beijo. Um abraço. Um aceno. Mais sorriso. O abraço apertado da saudade. Importância. Afeto.

Sim. Pessoas vão e vem, e isso é algo inevitável e que aprendemos com a vida. Na verdade, sempre aprendemos com a perca. Algumas (às vezes) nem sabemos que estão ali. Mas estão. E é isso que importa.

E em meio a gritos e hinos de toda uma vida, finalmente encontro de novo tudo aquilo que perdi no caminho. Um longo caminho. Tudo volta ali.

Vontade. Querer. Acreditar. Ser. Encontrar.

Abraços suados e sorrisos completos.

Demônio semi morto acostumado a estar comigo e eu com ele.

E as amarras vão se afrouxando aos poucos e o controle vai sendo retomado, embora não completo, aos poucos. O tudo. Gabo, querido. Tarefa cumprida. Vida. Sangue. Suor.



Que se a vida é amarga, o pouco doce que me diz, já me faz alguém feliz.



Me entregando a mundos que não mais farão parte de ninguém. Somente a mim. E o egoismo, de repente, se torna mais bonito. Exorcizar faz bem.

Nenhum comentário:

Postar um comentário