segunda-feira, 28 de março de 2011

Destino manifesto - a loucura

O sentido da lucidez nunca é o que agrada. A loucura amedronta, admira. Admirar. Daquela forma que traz medo e repulsa. O medo de enlouquecer por qualquer coisa que for faz com que você se prenda em um mundo qualquer e, prisioneiro, não possa mais se libertar. Abraça tua loucura antes que seja tarde demais. Abracei. Abracei como aquele que entrelaça o outro na despedida ou no reencontro. Como se nada mais houvesse. Como se a esperança tivesse partido e eu, apegada, tivesse isso como o tudo. Como quando se tem medo de perder. Ou pior: de ficar perdido. E o destino corre como o vento. Albert, Albert, o que é o destino, afinal? Deus não joga dados com o mundo. .É, quando o dramaturgo entra em cena a peça já está pronta. E pronta já estava. Talvez, sempre esteve, apenas não conseguia perceber com os olhos de mortais que tem medo de olhar e virar, de repente, uma estátua de sal. O medo que Ícaro não teve. Ícaro, não temo mais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário